Queixas de cólicas são relativamente comuns nos consultórios ginecológicos e facilmente resolvidas, na maioria das vezes, com a indicação de anti-espasmódicos e anti-inflamatórios. Entretanto, de acordo com Eduardo Schor, coordenador do Ambulatório de Endometriose e Dor Pélvica da UNIFESP, os profissionais não dão a devida importância às cólicas progressivas das mulheres e o diagnóstico da doença quase sempre é feito tardiamente. “Alguns trabalhos mostram que os primeiros sintomas ocorrem entre os 16 e 20 anos de idade, mas o diagnóstico somente é fechado oito ou dez anos depois”, afirma. “Nesses casos, apenas 40% delas obtêm sucesso com o tratamento clínico, além de dificultar uma gravidez natural ou, até mesmo, levar a infertilidade. Os outros 60% restantes acabam necessitando de cirurgia que, geralmente, são mutiladoras e a mulher pode perder ovários, parte do intestino, trompas e, em casos extremos, até mesmo o útero”.
Schor explica que, quando a doença é diagnosticada precocemente, em cerca de 90% dos casos é possível tratar clinicamente, suspendendo a menstruação com o uso contínuo de pílulas anticoncepcionais, dispositivos intra-uterinos (DIU) com hormônios ou injeções. “Na fase inicial, uma gravidez também pode funcionar como tratamento, mas como as mulheres estão engravidando cada vez mais tarde por conta do seu papel no mercado de trabalho, a incidência e a agressividade da doença só vem aumentando”, diz. “Por isso que a endometriose é chamada de Doença da Mulher Moderna”.
Para Schor e sua equipe da UNIFESP, que há alguns anos vem focando esforços na prevenção e detecção precoce da doença é preciso chamar a atenção não apenas dos médicos, mas também das mulheres mais jovens sobre
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